quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
segunda-feira, 29 de dezembro de 2008
Nova logomarca do ISVA
História de uma escola libertária: Paideia
Na atualidade, se caracteriza por uma volta ao projeto inicial. A autogestão voltará a ser a estrutura fundamental da dinâmica vivencial e educativa da escola. As assembléias são novamente o órgão consultivo e decisório de tudo o que se faz. Os valores da anarquia voltarão a ser a base da educação voltada para a liberdade. Realizam-se novos projetos integrando a eles experiências adquiridas. Ampliam-se as etapas educativas. Em relação aos pequenos, começam a admitir crianças de 18 meses até os 16 anos.
Começam as campanhas auto-geridas para pessoas jovens, para terem experiência de liberdade com os alun@s da escola e crianças de outras comunidades, cujos pais e mães tem ideologia libertária, com a colaboração das Mulheres Livres de Madrid. A cada ano mais pessoas começam a ajudar a realização das práticas da escola. São feitos muitos trabalhos sobre o projeto Paideia. Publicam-se em várias revistas espanholas e estrangeiras a dinâmica de funcionamento e as bases ideológico-pedagógicas. As visitas à escola se ampliam de tal maneira que precisam ser reguladas para que não interfiram na dinâmica normal. As mães e os pais que deixaram suas filhas e filhos na escola colaboram mais do que nunca com o projeto libertário, isso reflete profundamente nas personalidades d@s alun@s, em sua maior conscientização ideológica e social, sua maturidade social e prática dos valores éticos da anarquia. A assembléia recuperou seu caráter consultivo e decisório. A Autogestão acontece com a participação de tod@s que formam o coletivo. O mesmo acontece com o Coletivo Educativo. A cooperativa deixou de ter participação na Escola. O Coletivo é a base ideológica e o órgão decisivo e de discussão. A liberdade não é somente individual, mas também Coletiva. Sai a primeira turma Secundária, que se incorpora ao terceiro ou quarto ano da ESO, nos Institutos. Suas características pessoais indicam claramente que receberam um tipo de educação diferente. Se caracterizam por: Sentimento de responsabilidade, .Defesa da liberdade e da justiça, Tolerância e diálogo, Defesa dos valores da Anarquia, Transmissão da ideologia em seus trabalhos de classe, Crítica social ao sistema de educação tradicional.
Atualmente as pessoas que pertencem ao coletivo são: Josefa, Concha, José Luis, Lali, Olalla, Lidia, Teresa, Fernando, Mabel y Eloy.
domingo, 28 de dezembro de 2008
A escola com que sempre sonhei
Cineclube do ISVA
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Autonomia e autogestão
A idéia da autonomia e autogestão como projeto de formação educacional se disseminou, mas, deve ser vista como um projeto a ser desenvolvido nos limites dados pelas relações de força presentes em todas as sociedades.
Como se discutiu anteriormente, em fins dos anos de 1970, algumas experiências autogestionárias no âmbito político decompunham-se diante das dificuldades impostas pelas relações sociais de produção capitalistas de mercado ou pela coerção do Estado socialista nos moldes da experiência iugoslava, ou buscavam, ainda, novas formas de organização autônoma das classes trabalhadoras." (Angela Martins)
Autogestão Pedagógica
A aplicação do princípio autogestionário à pedagogia envolve dois níveis específicos do processo de ensino-aprendizagem: primeiro, a auto-organização dos estudos por parte do grupo, que envolve o conjunto dos alunos mais o(s) professor(es), num nível primário e toda a comunidade escolar - serventes, secretários, diretores etc. - num nível secundário; além da formalização dos estudos, a autogestão pedagógica envolve um segundo nível de ação, mais geral e menos explícito, que é o da aprendizagem sócio-política que se realiza concomitantemente com o ensino formal propriamente dito." (Silvio Gallo)
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
Revolta libertária na Grécia
Os políticos e jornalistas ridicularizam nosso movimento, tratando de impor a ele a sua própria carência de racionalidade. Segundo eles, nos rebelamos porque nosso governo é corrupto, ou porque gostaríamos de ter acesso a mais dinheiro, mais emprego.
Arrasamos os bancos porque reconhecemos o dinheiro como causa central de nossas aflições, se quebramos as luzes das vitrines não é porque a vida seja cara senão porque a mercadoria nos impede de viver a qualquer preço. Se atacamos a escória policial, não é só em vingança por nossos companheiros mortos senão porque entre este mundo e o que desejamos, sempre se supõe existir um obstáculo.
Sabemos que é chegado o momento de pensar estrategicamente. Neste momento tão importante sabemos que a condição indispensável de uma insurreição vitoriosa é que ela se estenda, ao menos, em nível europeu. Nos últimos anos temos visto e temos aprendido: as contra-cúpulas pelo mundo, os distúrbios estudantis e nos subúrbios da França, o movimento anti-TAV na Itália, a Comuna de Oaxaca, os distúrbios de Montreal, a agressiva defesa do Ungdomshuset em Copenhague, os distúrbios contra a Convenção Nacional Republicana nos Estados Unidos, e a lista continua.
Nascidos na catástrofe, somos os filhos de una crise global: política, social, econômica e ecológica. Sabemos que este mundo é um caldeirão sem saída. Há que se estar louco para agarrar-se a suas ruínas. Deve ser concertado para auto organizar-se.
Há uma obviedade na recusa total aos partidos e organizações políticas; são parte do velho mundo. Somos os filhos malcriados desta sociedade e não queremos nada dela. Esse é o pecado que nunca nos perdoarão. Atrás das máscaras negras, somos vossos filhos. E estamos nos organizando.
Não nos esforçaríamos tanto em destruir o material deste mundo, seus bancos, seus supermercados, suas delegacias, se não soubéssemos que ao mesmo tempo socávamos sua metafísica, seus ideais, suas idéias e sua lógica.
Os meios de comunicação descreveram todo o ocorrido nas semanas passadas como uma expressão de niilismo. O que não entendem é que no processo de assalto e assédio a sua realidade, temos experimentado uma forma de comunidade superior, de divisão, uma forma superior de organização alegre e espontânea que estabelece a base de um mundo distinto.
Qualquer um poderia dizer que nossa revolta encontra seu próprio fim na medida em que se limita a destruição. Isto seria certo no caso de que junto aos enfrentamentos nas ruas, não houvéssemos estabelecido a necessária organização que requer um movimento a longo prazo: cantinas providas por saques regulares, enfermarias para curar aos nossos feridos, os meios para imprimir nossos próprios jornais, nossa própria rádio. A medida que liberamos território do império do Estado e sua polícia, devemos ocupá-lo, preenchê-lo e transformar seus usos de maneira que sirvam ao movimento. Deste modo, o movimento nunca para de crescer
Por toda Europa, os governos tremem. Asseguramos que o que mais temem não é que se reproduzam os distúrbios locais senão a possibilidade real de que a juventude ocidental encontre suas causas comuns e se levante como uma só para dar a esta sociedade seu golpe final.
Esta convocação vai dirigida a todos que queiram escutá-la:
Desde Berlim a Madri, de Londres a Tarnac, tudo é possível.
A solidariedade deve transformar-se em cumplicidade. Os enfrentamentos devem expandir-se. Devem declarar-se as comunas.
Desta forma, a situação nunca retornará a normalidade. Desta maneira as idéias e práticas que nos unem serão laços reais.
Deste modo seremos ingovernáveis.
Uma saudação revolucionária aos companheiros de todo o mundo. Aos detidos, os libertaremos!
Tradução > Juvei
agência de notícias anarquistas-ana
vento nenhum parou para ouvir o silêncio da noite (Alexandre Brito)
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
CINECLUBE DO ISVA
O FILME TERRA E LIBERDADE.
TÍTULO DO FILME: TERRA E LIBERDADE (Land and Freedom)ITALIA, ESPANHA, REINO UNIDO E ALEMANHA 1986
DIREÇÃO: Ken Loach
DURAÇÃO 109 minutos
ELENCO: Ian Hart, Rosana Pastor, Icíar Bollaín, Tom Gilroy e Marc Martinez
RESUMO: Em meados dos anos 30, David Carr deixa a cidade de Liverpool para lutar por seus ideais na Guerra Civil Espanhola. A Guerra, marcada pela polarização ideológica, uma das características que marcaram o período entreguerras, foi um dos acontecimentos mais marcantes da história do século XX. A crise desencadeada pela Primeira Guerra Mundial, aprofundada pela quebra da economia mundial após 1929, afetou praticamente todo o mundo, gerando grande desemprego e pobreza. Na Europa essa situação foi responsável pela "polarização ideológica", ou seja, pelo desenvolvimento das forças populares de esquerda e, ao mesmo tempo, das forças reacionárias fascistas. Na Espanha, essa situação foi responsável pela Guerra Civil, de 1936 a 39, quando um golpe militar, apoiado pelas forças de direita, provocou a divisão do país. O golpe, pretendia eliminar o regime republicano, instituído em 1931, responsável por uma série de reformas que desagradaram os setores mais conservadores do país, uma vez que os interesses de latifundiários e da Igreja Católica foram duramente atingidos. O conflito teve de um lado os republicanos apoiados pelos grupos de esquerda - comunista e anarquista -, em quanto de outro encontravam-se os grupos fascistas e os setores mais conservadores da cidade. Enquanto a Alemanha e Itália ajudaram diretamente os fascistas espanhóis, Inglaterra e França adotaram uma política de neutralidade. (comentário extraído de Histótia Net: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=423)
segunda-feira, 1 de dezembro de 2008
No sábado, 29 de novembro de 2008, as 18 horas, com a participação de moradores do bairro de Valéria e da Palestina, foi exibido na sede do ISVA o filme “O Quarto Poder” do diretor Costa Gravas (1997). Na parte da tarde, antes do filme, entre 15 e 16:30 h., teve apresentação de Clara Maciel, Antonio Ferreira e Dalva Nascimento, poetas, cantores e compositores populares que se apresentam todas as terças na praça da Piedade em Salvador. O cineclube do ISVA estreou com uma crítica à mídia televisiva, capaz de influenciar e mudar acontecimentos apenas para obter mais audiência e, por conseguinte, mais dinheiro e mais poder.
Lendo o Mídia Rebelde (http://midia-rebelde-plus.blogspot.com/), um blog anarquista, fico informado que Thoreau, pensador libertário e ecologista do século XIX, que viveu um período numa floresta já detestava “notícias” pois poluíam a nossa mente, templo de reflexões, com banalidades.
O cineclube do ISVA continuará exibindo sempre no último sábado de cada mês filmes que possam provocar novas reflexões, sobre a sociedade, meio ambiente e as relações pessoais. Além disso, o cineclube oferece aos moradores de Valéria e bairros vizinhos a oportunidade de assistir e debater filmes de boa qualidade.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
sábado, 15 de novembro de 2008
Curso de Bambu no ISVA
Entrevista
"Não existe classes regulares, nem horários, muito menos avaliações
Aqui em Salvador, estamos desenvolvendo uma proposta educacional libertária no bairro de Valéria, inspirada nos modelos autogestionários e fortemente preocupada com a questão ambiental. Lutamos pela criação de uma escola viva, ao ar livre, junto à natureza, mas perto dos livros, tendo como princípio a solidariedade, a liberdade e o livre-pensar. Uma escola sem currículos pré-definidos, sem avaliações, sem autoritarismo. Uma escola para quem queira estudar, sem pressa, sem horários e entenda que é preciso respeitar a natureza e o ser humano". Quem diz isso é Eduardo Nunes, que atua no projeto "Escola e Biblioteca Comunitária Professor José Oiticica". A seguir, ele fala sobre essa iniciativa de inspiração libertária que funciona desde 2005, em Salvador, Bahia.
Agência de Notícias Anarquistas- Quando se deu a criação da Escola e Biblioteca Comunitária Professor José Oiticica? Faça um pequeno histórico dela
Eduardo Nunes- A biblioteca funciona desde 2005. A escola funciona desde 1971 quando chegou Antonio Fernandes Mendes e sua família no bairro de Valéria. Antonio, fugiu do Ceará na época da ditadura militar no Brasil para não ser preso, devido as suas atividades políticas, clandestinas, foi para o sul do Brasil (Paraná), em seguida, foi para o Rio e fez contato com o movimento anarquista no Rio de Janeiro. Do Rio viajou para Salvador com o nome de um anarquista da Bahia para contatos (Ricardo Líper). Chegando aqui se instalou no bairro de Valéria. Antonio pertence ao clã deAntonio Conselheiro, ecologista e anarquista, foi recuperando a área onde residia com espécies nativas. Desse trabalho, em 1978, ele e um grupo de estudantes anarquistas começaram a implantar uma horta, resultando na criação da Escola Horta Natureza, realizando cursos de agricultura orgânica, agrofloresta e ecologia. A horta abastecia vários restaurantes naturais de Salvador. Ao lado disso, ele realizava uma intensa militância nos meios sindicais e estudantis, foi um dos fundadores do jornal O Inimigo do Rei. A horta como ficou conhecida, recebia e recebe crianças, jovens e adultos, realiza cursos, reuniões, boletins, grupos de teatro no bairro, exibição de filmes. Antonio além do profundo conhecimento da natureza conhece os segredos da medicina natural, da fitoterapia.
ANA- Então essa escola também tem uma base ecologista, certo?
Eduardo- Ela é essencialmente ecologista social. Há uma preocupação muito grande em mostrar para as pessoas que freqüentam a escola de que devemos preservar as coisas boas do lugar, a natureza, os rios, as montanhas, as árvores, pois, sem elas não vivemos. Evitar a poluição e a depredação do nosso patrimônio ambiental e cultural. A escola ecológica luta pela justiça social e a preservação ambiental. Questionamos o modelo industrial capitalista e a forma de organização social e política atual. Propomos um modelo de sustentabilidade ao lado da descentralização política, gestão por bairros.
ANA- E José Oiticica é uma homenagem ao anarquista Oiticica?
Eduardo- É sim, a importância do anarquista José Oiticica em diversos campos do conhecimento e sua atuação política com as idéias anarquistas motivou o grupo a denominar a biblioteca com o seu nome.
ANA- Onde ela funciona?
Eduardo- No bairro de Valéria, subúrbio de Salvador, Bahia.
ANA- E como é a logística da escola, o espaço...
Eduardo- Temos uma área verde com muitas espécies nativas (Oiti, Ipê, Araticum, Paineira), bambu, árvores frutíferas (Jaca, Abacate, Cacau, Manga, Sapoti, Pitanga, Acerola, Mamão), plantas medicinais (Água de Levante, Tapete de Oxalá, Língua de Vaca, Gengibre, Babosa) plantas consideradas sagradas pelo candomblé, entre outras. Temos o espaço da biblioteca com livros infantis, literatura para jovens e adultos, livros escolares da 1ª a 8ª séries, módulos de pré-vestibulares, livros especializados em anarquismo, história, agricultura orgânica, jornais anarquistas.
ANA- E quem participa deste projeto?
Eduardo- Participam moradores do bairro, crianças, jovens, adultos, alunos de escolas públicas, de universidades, professores. Está aberta a todos que queiram colaborar, trocar experiências.
ANA- Todos são alunos e professores ao mesmo tempo, aprendendo e desaprendendo juntos?
Eduardo- Todos nós estamos sempre aprendendo, dos mais jovens aos mais velhos, fazemos errado, fazemos certo, esquecemos os nomes das plantas e das propriedades medicinais, aprendemos a fazer mudas, plantamos,cultivamos, tomamos banho de tanque. Esse tanque é o grande atrativo dos jovens do bairro, como não têm áreas de lazer, o tanque serve para aprender a nadar, diversão, refrescar. Porém, antes de tomarem banho devem praticar alguma coisa, ou ler algo na biblioteca.
ANA- A escola funciona todos os dias? Há classes regulares, matérias...Fale um pouco da dinâmica dela, essas coisas...
Eduardo- Funciona todos os dias, está sempre aberta, não existe classes regulares, nem horários, muito menos avaliações. Como é um local de visitação pública, basta chamar alguém, sendo recebido com todo carinho possível. Chegando lá, a pessoa pode se engajar em alguma atividade que esteja sendo desenvolvida no momento, pode também propor alguma coisa, ou ir pesquisar os livros da biblioteca. Em geral, há sempre coisas para se fazer, cercas, adubo, plantio, catar plásticos, fazer mandalas produtivas medicinais, coletar frutos. É uma escola viva, cada um vai aprendendo o que se tem em cada momento, sempre relacionamos, as questões sociais, a exploração do trabalhador, o desemprego, as drogas. Na escola discute-se sobre tudo. Recebemos alunos das escolas públicas do bairro, acompanhados de suas professoras e do amigo da escola, 40 a 50 alunos, vão em um turno, falamos dos problemas ambientais, de saúde, de política, e realizamos coisas práticas, aprendem a conhecer uma árvore, a importância para alimentação, para a saúde. As crianças e jovens do bairro participam da escola e da biblioteca, estão sempre presentes para tomar banho no tanque ou comer frutas.
segunda-feira, 20 de outubro de 2008
A organização de economia solidária H2bio, localizada em Salvador no bairro de Pituaçu, vai dar um curso de artesanato com bambu para jovens e adultos do bairro de Valéria na sede do ISVA no dia primeiro de novembro de 2008. O curso terá início as 9:00 e irá até as 17 horas. Aulas teóricas e práticas darão uma visão das potencialidades que o bambu pode oferecer para decoração e confecção de utensílios domésticos. A proposta terá seus desdobramentos, pois a produção do grupo de Valéria poderá ser vendida na loja da H2bio em Pituaçu.
O curso de bambu é uma das estratégias elaboradas pelo ISVA para a criação de uma cooperativa. Pretende-se criar a Cooperativa de Agroecologia de Valéria (CAVA) para a produção de mudas de plantas, remédios caseiros, flores, mel, artesanato de bambu, padaria, frutas e derivados, publicações, vídeos de educação ambiental. Essa cooperativa irá possibilitar ao instituto uma renda para seus participantes e manutenção de suas ações.
Uma outra notícia do ISVA, é a realização de um clube de cinema (cineclube) a começar na última semana de novembro. A programação já está sendo elaborada por Carlos Baqueiro. O cineclube acontecerá aos sábados a partir das 19 horas.
domingo, 19 de outubro de 2008
O blog Mídia Rebelde e o ISVA realizaram nos dias 16, 17 de outubro de 2008 o seminário sobre a Doutrina do Pensamento Único: o que é e como combatê-la....
Nesses dois dias foram realizadas apresentações de temas como o controle da mídia, educação libertária, ecologia social, ação direta e autogestão. No sábado, 18, houve uma avaliação dos debates na sede do ISVA no bairro de Valéria. Nessa reunião, foi discutida a necessidade de ampliação do seminário no próximo ano com mais temas e palestras. Participou do seminário um representante do Centro de Cultura Social de São Paulo Nildo Avelino, apresentando uma discussão sobre o pensamento único das esquerdas a partir de uma reflexão entre o pensamento libertário de Proudhon e as propostas autoritárias de Marx em nome de um partido único. Ricardo Líper analisou a crise atual do capitalismo e destacou como muitas das propostas anarquistas foram sendo incorporadas nos dias atuais. Édilo Filho e Carlos Baqueiro analisaram o papel da mídia na formação do pensamento único, através de pensadores como Ramonet, Castoriadis, Foucault e Chomsky. No tema da educação libertária, João Neto, deu ênfase ao período da criação das primeiras escolas anarquistas no Brasil, além de questionar alguns modelos pedagógicos que, embora, tenham uma perspectiva libertária, não propõem uma educação anarquista. No seminário, o ISVA participou com uma exposição feita por Eduardo Nunes apresentando a história da escola e biblioteca José Oiticica e Antonio Mendes falando sobre a ecologia social.
segunda-feira, 22 de setembro de 2008
Feira ecológica do ISVA
A I Feira de Economia Solidária e Ecologia de Valéria realizada no último dia 21 de setembro pelo Instituto Socioambiental de Valéria e a Biblioteca Comunitária José Oiticica foi um sucesso.
sexta-feira, 19 de setembro de 2008
I FEIRA DE ECONOMIA SOLIDÁRIA E ECOLOGIA DE VALÉRIA
DE VALÉRIA
21 DE SETEMBRO DE 2008
DAS 9:00 ÀS 17:00
Convidamos a Comunidade de Valéria, Palestina e adjacências para participar da 1ª Feira de Economia Solidária e Ecologia de Valéria, no dia 21 de setembro das 9:00 às 17:00 horas em frente ao espaço aberto do Instituto Socioambiental de Valéria – ISVA (Jardim Terra Nova, Fim de Linha de Valéria- DERBA).
Venha participar de uma feira de trocas, vendas e artes com os mais variados produtos: roupas, mudas de plantas, plantas medicinais, lanches, remédios naturais, livros, etc. O objetivo da feira é festejar o DIA DA ÁRVORE (grande fornecedora de oxigênio), conscientizando a população da importância das árvores para a sobrevivência do planeta e da vida na terra. Estabelecer redes de trocas e solidariedade. Promover a participação cidadã e o respeito à natureza.
INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL DE VALÉRIA
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES ZUMBI DOS PALMARES
INSTITUTO FELIZ CIDADE
ASSOCIAÇÃO DOS MORADORES DO ALTO DE SANTA CRUZ
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES PEDE SOCORRO
segunda-feira, 15 de setembro de 2008
Multirão no ISVA
sábado, 23 de agosto de 2008
A questão socioambiental
Economia solidária e autogestão: um novo modelo de desenvolvimento
Na metade do século XX cria-se uma espécie de obrigação política e moral da parte dos governos e dos cidadãos das nações já desenvolvidas chamadas de primeiro mundo para com os países chamados de terceiro mundo। Além disso, esse modelo desenvolvido do primeiro mundo torna-se o modelo a imitar em escala mundial (BRETÓN; GARCÍA; ROCA: 1999)1.
Contreras (1999:14)2 assinala, por exemplo, como foi elaborada uma reflexão sobre a construção social do conceito de subdesenvolvimento e o discurso do desenvolvimento। Denuncia, por sua vez, a assimilação linear do desenvolvimento ao crescimento econômico, desprezando modos de vida, formas de organização social e culturas que foram historicamente exploradas.
A prática da economia solidária e da autogestão foram identificadas pelos estudiosos inicialmente na forma de organização das sociedades indígenas, na economia das aldeias da idade média, nos embriões de cooperativismo no início da revolução industrial, através dos sovietes no período inicial da revolução russa, durante a guerra civil espanhola, na yugoslávia com os conselhos de autogestão।
Lisboa (2005)3, embora assinale que há limites entre a economia solidária e a autogestão, concorda que é uma característica que qualifica a economia solidária e que, em alguns casos, sem essa possa ficar irreconhecível।
Segundo este autor, economia solidária designa inúmeras experiências que incluem formas diversas de agricultura familiar; assentamentos do MST; empresas indstरिया is ou rurais recuperadas por meio da autogesttão; cooperativas; redes de catadores e recicladores; redes nacionais e internacionais de comércio justo; incubadoras de empresas; cooperativas populares; inúmeras experiências de finanças solidárias; clubes de trocas e as economias indígenas e dos quilombos” (p. 109)
O autor esclarece que este setor faz parte do mercado e que necessita, portanto, de design e marketing (p.109). Estabelece indicadores ambientais, sociais e econômicos para que se possa identificar um empreendimento como sendo parte de uma socioeconomia solidária. Os indicadores ambientais referem-se como é feita a gestão da água e dos resíduos; nos aspectos sociais, os valores predominantes (competição ou solidariedade?), fortalecimento da identidade e de empoderamento local, deve-se levar em conta os aspectos de etnia e gênero, saúde dos trabalhadores envolvidos; economicamente deve-se observar a não-exploração do trabalho, a forma de repartição do excedente e o grau de participação dentro da empresa, entre outros (p.113)
Recentemente, divulgou-se através da imprensa, as milhares de pequenas comunidades chinesas que vivem sem nenhuma interferência de órgãos governamentais. Santos (ibid.) apresenta uma série de experiências sobre o tema, o ressurgimento da economia solidária no Brasil, os micromovimentos na Índia, o cooperativismo na Espanha, a democracia participativa na África do Sul, as experiências de organização coletiva na Colômbia, a ação coletiva em Portugal, a União Geral de Cooperativas em Moçambique.
De fato, Santos apresenta uma série de experiências de economias alternativas que sejam viáveis às sociedades capitalistas (p.24). O mapa de alternativas apresentado pelo autor é bastante variado, incluindo desde “organizações econômicas populares constituídas pelos setores mais marginalizados na periferia até cooperativas prósperas no centro do sistema mundial” (p. 29).
A socioeconomia solidária não pode ocorrer sem um trabalho de educação ambiental, segundo Capra (2005)4 é necessário construir comunidades sustentáveis baseadas na “alfabetização ecológica” e na prática do projeto ecológico, compostas de redes ecológicas de fluxos de energia e matéria. Para este autor, a alfabetização ecológica permite compreender os princípios de organização que todos os ecossistemas desenvolveram para sustentar a teia da vida (p.238), é um importante instrumento para todas as pessoas (políticos, empresários, profissionais) e deve ser uma atividade fundamental no currículo escolar em todos os níveis.
Em seu centro de eco-alfabetização, Capra, desenvolve um sistema de educação para a vida sustentável para às escolas de primeiro e segundo grau. Em seguida, afirma, deve-se passar para o eco-planejamento (eco-design) pensar novas tecnologias e novas formas de organização social. Repensar nossa relação com a natureza e aprendermos com ela. Desenvolver as atividades sustentáveis como a agricultura orgânica ou a agroecologia que estão sendo retomadas em todo o mundo (p.241).
Nossa História
Praticante da agroecologia implantou a primeira horta ecológica em Salvador (Horta Natureza), abastecendo os principais restaurantes naturais da cidade। Educador dos trabalhadores rurais do Ceará na década de 1960 cuja linha de trabalho baseava-se no método de Paulo Freire continua ainda, desenvolvendo esse modelo em seus cursos junto ao movimento dos trabalhadores sem terra (MST) na área ambiental. Pertence ao Clã (genealogia) de Antonio Vicente Mendes Maciel (Antônio Conselheiro) fundador da cidade de Canudos.
Autodidata e estudioso de fitoterapia e terapias alternativas, realizou vários trabalhos como educador nessa área. Realizou também diversos encontros sobre educação ambiental na luta pela preservação do Parque São Bartolomeu em escolas públicas, comunitárias, particulares e universidades, tendo sido escolhido, inclusive, como local de estudos e pesquisas de professores e estudantes universitários (UNEB, UCSAL, UFBA). Através de seu trabalho forneceu mudas de plantas para reconstituição de solo, árvores da Mata Atlântica, para o horto florestal, Petrobrás (cidade de Araçás), Escola Agrotécnica de Catu e plantas sagradas para terreiros de candomblé. Foi fundador e presidente da CUT rural na Bahia, presidente do sindicato de trabalhadores rurais de Candeias e São Francisco do Conde, presidente da AR15 (Administração Regional Pirajá/Valéria do município de Salvador) e presidente do conselho de saúde pública de Valéria.
Escola e biblioteca comunitária Prof. José Oiticica
ECOPEDAGOGIA E ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BAIRRO DE VALÉRIA: UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE
Escola e biblioteca comunitária Prof. José Oiticica
O projeto de criação de uma escola e biblioteca no bairro de Valéria, constitui-se em uma proposta de educação para a sustentabilidade। Pretende implantar um centro de estudos em educação ambiental e agroecologia urbana e uma biblioteca comunitária, com objetivo de desenvolver ações educativas com crianças, jovens e adultos da periferia de Salvador e atividades produtivas com base na economia solidária. A proposta tem como pressupostos teóricos a relação entre Educação, Ecologia e Desenvolvimento humano (DEMO:1999; CAPRA:2003; GRIFFIN:2001), entendendo que o desenvolvimento social ocorre quando investe-se em ações educativas e na prática da solidariedade. O projeto pretende implantar em uma área no bairro de Valéria, projetos educativos (biblioteca e cursos), e atividades produtivas de horta, pomar, jardim.
PROPOSTA PARA O PARQUE METROPOLITANO SÃO BARTOLOMEU E MEMORIAL DE PIRAJÁ
INSTITUTO SÓCIOAMBIENTAL DE VALÉRIA
Estrada da Valéria, 103-Valéria BR324-km11, 41.300.600 Salvador, Bahia.
e-mail: eduardo_nns@yahoo.com.
hildambraga@hotmail.com
PROPOSTA PARA O
PARQUE METROPOLITANO SÃO BARTOLOMEU E MEMORIAL DE PIRAJÁ
SEMINÁRIO SOBRE A RECUPERAÇÃO DO PARQUE SÃO BARTOLOMEU- TERREIRO DE DONA SANTINHA- 7 DE JULHO DE 2007 A Proposta para recuperação do Parque Metropolitano São Bartolomeu e Memorial de Pirajá que o ISVA apresenta fundamenta-se no pressuposto de uso sustentável da área. Todos os bairros do entorno são de extrema carência, por isso, deve-se ter uma atenção especial em integrar a população na defesa e preservação do ambiente florestal, disponibilizando meios e recursos permanentes para a melhoria da qualidade de vida dos moradores do seu entorno. Além de constituir-se numa área florestal com potencial para o lazer contemplativo da população.
Dispomos de muitos meios práticos para estas ações com a criação de uma agro-ecologia nos limites do parque e bairros do entorno praticando a permacultura e a silvicultura para assegurar uma progressiva sustentação do ambiente florestal de Pirajá। Sem isto, estaremos pondo em risco o manancial hídrico existente, uma reserva de água fundamental para o equilíbrio ambiental e para um futuro sustentável no município de Salvador। Devemos atentar que a contaminação dos rios urbanos e das reservas de água próximas ao nosso habitat, põe em risco a nossa sustentabilidade local.
Medidas e Ações Urgentes:
Recuperar as áreas degradadas com o plantio de árvores extrativistas da mata atlântica na seguinte ordem de prioridade: cajazeira, ingá, mangaba, araticum, goiaba, palmeiras diversas, urucum, ananais silvestres, pitombos, birreiros, jenipapo, jambolão, abacate, mutamba, murici da praia, bambu para artesanato com controle।
Recuperar o mangue abaixo da cachoeira do cobre até a enseada do cabrito।
Re-introduzir no interior da floresta árvores que foram suprimidas ao longo do tempo, como o cedro verdadeiro, sucupira roxa, massaranduba, jacarandá, jatobá-pau-paraíba, , Angelim, tapicuru, ipê amarelo, ipê roxo, louro do campo, jequitibá, acoita cavalo, biribas, gameleiras, pau pombo, candeias, umbaúbas, caroba, carobinha।
Recuperar os antigos limites do Parque, definição da área-limite com ciclovia margeando o parque, sem diminuição da área florestal।
Levantamento classificatório das ervas rasteiras, arbustivas e trepadeiras, cipós e palmeiras existentes na floresta devido a sua grande variedade e inexistência de pesquisas/estudos específicos। O estudo realizado por prof. Carlos Fonseca com equipe do Projeto Rondon restringiu-se às arvores de médio e alto porte.
Delimitar uma faixa de 40 metros pra uma agro-floresta com o plantio de 50 mil árvores da mata atlântica e silvestres intercaladas।
A criação de um horto herbário de plantas medicinais e da flora da mata atlântica।
Assegurar que a Empresa de Saneamento da Bahia-EMBASA destine um percentual fixo de sua receita para a manutenção/gestão do Parque।
Assegurar que os organismos florestais monitorem o extrativismo na mata sem danos para o ecossistema local।
Inventário fotográfico do Parque inclusive com o levantamento das áreas de risco do Parque.
Levantamento e classificação da fauna e flora do Parque।
PARQUE SÃO BARTOLOMEU E MEMORIAL DE PIRAJÁ
Esboço da Área
São João do Cabrito
Cabrito Plataforma
Alto Terezinha
Pirajá Velho
Rio Sena
Pirajá
Alto Periperi
Porto Seco
Paripe
Dom Avelar Vista Alegre
Usiba
Águas Claras
Jardim
Terra Nova Lagoa Paixão
Nova Brasilia
Boca da Mata-Invasão Formigueiro
Valéria
Reserva do Derba