quarta-feira, 30 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
domingo, 23 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
domingo, 16 de maio de 2010
Seção de Livros Libertários
Edgar Rodrigues * R$ 30,00 * 340 páginas * Achiamé
Edgar Rodrigues * R$ 30,00 * 340 páginas * Achiamé
A idéia de reunir três temas numa só obra nasceu com a intenção de acrescentar o esforço cultural libertário à luta de classes. A ideologia que impulsionou, guiou e serviu de bússola ao proletariado, à alfabetização, à educação e à cultura, o ensino de artes e ofícios e o teatro social. Este é um trabalho que se move na direção das preocupações anarquistas pouco divulgadas até hoje: o que se fez “na Escola, no Teatro e na Poesia”.
“BOA EDUCAÇÃO, A”: EXPERIÊNCIAS LIBERTÁRIAS E TEORIAS ANARQUISTAS NA EUROPA, DE GODWIN A NEILL – VOLUME 1: A TEORIA
Francesco Codello * R$ 68,00 * 416 páginas * Imaginário / Ícone
Esta obra apresenta uma teoria pedagógica e um movimento educativo quase desconhecido do grande público. Pensamento anarquista e práticas educativas libertárias, ao contrário do que se pode pensar, não existiram apenas no passado, mas representam ainda hoje uma realidade que, ainda não seja muita difundida, constitui uma importante contribuição para o processo de emancipação humana. Originalidade e especialidade, inovação verdadeira e instituições antecipadoras então aqui ilustradas, analisadas e colocadas em uma dimensão histórica que parte do fim de 1700 e desenvolve-se até a primeira metade de 1900. Interessando a diversos países europeus. A “pedagogia” libertária, emerge caso a caso, em pensadores e educadores que estão quase sempre inseridos em um movimento revolucionário, protagonistas de extraordinários eventos históricos: da I Internacional a Comuna de Paris; do nascimento e desenvolvimento das organizações anarco-sindicalistas a grandes mobilizações de massa nos diversos países europeus; da Revolução Russa a Espanhola, de 1936 a 1939; dois anos agitados do primeiro conflito mundial aos que precedem o nascimento do fascismo e do nazismo.
BUROCRACIA E IDEOLOGIA
Maurício Tragtenberg * R$ 32,00 * 283 páginas * Editora UNESP
Mais conhecida e debatida obra de Maurício Tragtenberg, Burocracia e ideologia é um clássico. Esta obra, modelar no exame do poder burocrático através dos tempos, exibe raro conhecimento e acuidade sobre o assunto. Em suas páginas, a burocracia ganha notabilidade na Antigüidade do Egito, da Mesopotâmia, da China, da Índia (pelo despotismo oriental e a prática da autocrítica). Depois, ainda é considerada no México e no Peru pré-coloniais, na Rússia aldeã, com as peculiaridades essenciais de cada época e o aparecimento das repercussões futuras. Um tanto mais minucioso, o livro se volta ao universo burocrático da empresa e ao mundo contemporâneo onde ela atua. Neste mundo capitalista, instituem-se a racionalização do trabalho, a capatazia funcional, o messianismo administrativo, a educação permanente e a burocracia como expressão da técnica e da dominação. Instituem-se igualmente o capitalismo de Estado (a modernização industrializante sob a direção do partido único e da burocracia) e sua "nova classe" ("aparelho") representada pela tecnoburocracia. A burocratização dos sindicatos (integradores do operário e organizadores coletivos dos conflitos do trabalho) e a burocratização dos partidos políticos de massa (apoiados no seu quadro administrativo, na sua imprensa, nos seus jornalistas profissionais e em seus parlamentares) acenam com o participacionismo, com a democracia passiva, desejando mais o poder do que a liberdade. Tão a gosto de profissionais de classe média, que se arrogam líderes, os trabalhadores lutam por direitos sociais e políticos, colocando a burocracia estatal como fiel da balança do poder. O horizonte humano limita-se festivamente a essa República de funcionários, como se fosse o fim dos tempos e nada mais acontecesse na história. Burocracia e ideologia, de Maurício Tragtenberg, é leitura que se impõe por sua cada vez maior atualidade no século XXI, convertendo-se em necessidade à medida que passam os anos. (Evaldo Vieira)
CD - Educação Libertária / 1º Seminário Educação e Anarquismo: os 100 anos da Confederação Operária Brasileira (1906-2006)
Unirio* R$ 15,00 * Cooperativa Faísca
1. Liberdade e Instrucção: a luta pela escola na imprensa operária* Valdelice Borghi Ferreira (UNIMEP-SP); 2. Ferrer e a Pedagogia Racional: um balanço, cem anos depois* Sílvio Gallo (UNICAMP); 3. A organização curricular da Paidéia como expressão dos princípios e concepções da Educação Libertária* Clóvis Nicanor Kassick (UNISUL); 4. Universidade Popular* Naira da Costa Muylaert Lima (UNIRIO); 5. A Educação Anarquista e a Pedagogia Racional Libertária* Angela Maria Souza Martins (UNIRIO); 6. Reflexões históricas: educação anarquista no Brasil da Primeira República* José Damiro de Moraes; 7. As concepções anarquistas que fundamentam a experiência pedagógica da Escola Lumiar* Andréa Braga Moruzzi (UFSCar); 8. A Transformação Social no início do século 20 baseada na Educação Libertária* Franklin Augusto de Castro Emygdio Ribeiro (UNIRIO); 9. O Primeiro Congresso Operário Brasileiro e outras formas pedagógicas de luta* Alexandre Samis (Colégio Pedro II); 10. Perspectiva histórica do processo dual da Educação sob um prisma anarquista* Silvério Augusto Moura Soares de Souza (UNIRIO); ISBN 978-85-61066-04-8
EDUCAÇÃO DE ADULTOS – Textos e Pesquisas
Geraldina P. Witter, Edna da C. P. Dália e outros * R$ 15,00 * 194páginas * Achiamé
Geraldina Porto Witter, Edna da Cunha Paiva Dália, Maria Bernardes Silveira e outros nomes do curso de pós-graduação em Educação da UFPb discutem e problematizam, a partir da Psicopedagogia do Adulto a formação universitária no contexto da educação de adultos, as Tarefas do adulto e o caminhar para a aposentadoria. Não menos centrais são em sua abordagem, a pesquisa educacional frente aos novos tempos e suas diferentes necessidades
EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA: Textos de um Seminário
Maria Oly Pey (org.) e outros * R$ 30,0 * 208 páginas * Achiamé
Por Educação Libertária, entendemos todas as experiências educativas que pensem e vivam a liberdade, a solidariedade e a autogestão entre indivíduos e grupos, com vistas à autoformação e à autonomia dos participantes. A realização destas experiências, seus limites e possibilidades, foram sendo balizados ao longo da história pelo pensamento e pela experiência libertária/anarquista dos seus participantes e em confronto com as instituições hierarquizadas e autoritárias. Na América Latina e no Brasil, foi o movimento anarquista e anarco-sindicalista que introduziu as idéias de uma educação anti-autoritária, divulgando na sua imprensa essas novas perspectivas educacionais e criando escolas populares onde a liberdade, a co-educação e a solidariedade, por exemplo, já as diferenciavam das demais, marcando uma diferença com as escolas públicas estatais e as particulares vinculadas ao conservadorismo religioso ou empresarial.
EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA (Revista) # N.1
IEL / Imaginário* R$ 25,00 * 112 páginas
Publicação do Instituto de Estudos Libertários (IEL) e da Editora Imaginário, que traz como tema neste primeiro número “Educação e Revolução na Espanha Libertária”.
Sumário: ANARQUISMO ESPANHOL E EDUCAÇÃO - Anastasio Ovejero Bernal / FRANCISCO FERRER E A ESCOLA MODERNA - Emma Goldman / FERRER E A PEDAGOGIA RACIONAL: UM BALANÇO, CEM ANOS DEPOIS... - Sílvio Gallo / A C.N.T. E A EDUCAÇÃO, 1936-1939, UM NOVO SISTEMA EDUCACIONAL DURANTE A REVOLUÇÃO ESPANHOLA - Cédric Dupont / A RENOVAÇÃO DA ESCOLA de Francisco Ferrer y Guardia, CONSIDERAÇÕES RELATIVAS À EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA - Hugues Lenoir / A DEMOCRACIA DIRETA NA ESCOLA - Francesco Codello / DA BIBLIOTECA À ESCOLA MODERNA. BREVE HISTÓRIA DA CIÊNCIA E DA EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA NA AMÉRICA DO SUL - Carlo Romani / PENSAMENTO EDUCACIONAL ANARQUISTA NO BRASIL: UMA INTRODUÇÃO HISTÓRICA - José Damiro de Moraes e CNT-FTE.
EDUCAR PARA EMANCIPAR
Hugues Lenoir * R$ 28,00 * 126 páginas * Imaginário
Educação e sindicalismo revolucionário estão indefectivelmente ligados em um mesmo projeto – aquele de uma classe operária culta porque emancipada, emancipada porque culta. Trata-se, em todas as circunstâncias, de proporcionar ao operário o acesso à Ciência de sua infelicidade para que ele se apodere dela, inverta-a e faça dela o instrumento da transformação social e de sua felicidade. Essa afirmação permanente de educar para emancipar aparece como um fio rubro-negro norteador desde o início da atividade do sindicalismo de ação direta. Tanto em uma abordagem histórica, quanto por meio das obras de Albert Thierry e Marcel Martinet, ou por meio das realizações concretas dos militantes da C.N.T. espanhola nos anos 30, parece-me hoje possível afirmar que, para essa corrente do sindicalismo, não pode haver sindicalismo sem educação, assim como não pode haver educação sem sindicalismo.
ESBOÇO PARA UMA HISTÓRIA DA ESCOLA NO BRASIL – Algumas Reflexões Libertárias
Diversos autores * R$ 18,00 * 128páginas * Achiamé
O livro é constituído por uma apresentação e quatro artigos assim titulados e na seguinte ordem: História das Crianças no Brasil, História da Escola no Brasil/ O que é a Escola?, Raízes da Organização Escolar e Escola e Pedagogia. Com esses artigos pretende-se cobrir as informações mínimas que conviria a uma pessoa possuir para iniciar uma reflexão sobre sua própria educação e o processo escolarizador que viveu/vive. Além disso, obter notícias sobre a educação que vem se dando ao longo de 500 anos de processo civilizador branco no país.
ESCOLA DA ANARQUIA, A
Josefa Martin Luego * R$ 20,00 * 80 páginas * Achiamé
A pesar de se situar na terra onde se “inventou” o anarquismo moderno como ideología politicamente organizada, tendo passado por uma das maiores rebeliões libertárias do século 20, a Espanha é um lugar onde se cultivam os detalhes da memória, devido ao desconhecimento sobre o assunto. Este livro trata de assuntos acerca da educação de forma ampla, mesmo situado nas experiências específicas da construção de espaços de educação libertários, e é ótimo para quem se interessa sobre o processo de aprendizagem livre, sendo fundamentalmente de ordem interior que acaba sendo a anarquia.
EX-COLA LIBERTÁRIA, A
Clovis N. Kassick * R$ 30,00 * 240 páginas * Achiamé
Educar para a singularidade. Essa é a principal característica daquilo que chamamos de Pedagogia Libertária. Este livro é de leitura obrigatória, cobrindo uma lacuna até então presente em nossa bibliografia, ao apresentar, narrativa e criticamente, a experiência da Paidéia, nas nuanças de sua história. O Centro Educativo Paidéia foi e continua sendo uma experiência riquíssima. Para aqueles que se interessam por uma prática pedagógica “desalinhada” em relação às capitalísticas, para aqueles que apostam que uma outra educação e uma outra escola são possíveis, ela segue sendo uma referência fundamental. Educar para a singularidade, para além de ser desejável, é possível. Essa é a principal lição da Paidéia para os educadores socialmente comprometidos com a liberdade e a transformação.
FALSO PRINCÍPIO DA NOSSA EDUCAÇÃO, O
Max Stirner * R$ 20,00 * 87 páginas * Imaginário
O que Stirner condena é o homem prático que faz da Ciência uma idéia fixa, que se torna seu escravo, que não sabe mais gozar a vida e que está atormentado por preocupações mesquinhas que sufocam sua personalidade, seu eu. É preciso entrar e sair do domínio da Ciência segundo bem lhe aprouver. A Ciência não é um fim em si, é só um meio para que eu goze do meu Eu. Para o egoísta consciente, para o Único, “toda coisa é apenas um meio do qual é, em última análise, seu próprio objetivo”. Um cidadão submisso e utilizável, tal é ainda – e muito mais do que na época de Stirner ou de Nietzsche – o produto ideal da educação oficial. Nunca se falou tanto de ligação entre a Universidade e a economia, de preparação dos futuros quadros exigidos pela expansão industrial. A técnica moderna necessita de técnicos e não de homens livres ou personalidades voluntárias. Muitos jovens fazem estudos literários que não são ‘rentáveis', que não oferecem ‘empregos'. Abram espaço para o ensino técnico, para os institutos tecnológicos: ali se fará obra útil e se “ganhará a vida”. O leitor compreenderá o quanto o ensaio de Stirner resta atual, 130 anos depois de seu aparecimento!
INSTRUÇÃO INTEGRAL, A (ESGOTADO)
Mikhail Bakunin * R$ 18,00 * 94 páginas * Imaginário
A primeira questão que temos de considerar hoje é esta: Poderá ser completa a emancipação das massas operárias enquanto recebam uma instrução inferior à dos burgueses ou enquanto haja, em geral, uma classe qualquer, numerosa ou não, mas que por nascimento tenha os privilégios de uma educação superior e mais completa? Propor esta questão não é começar a resolvê-la. Não é evidente que entre dois homens dotados de uma inteligência natural mais ou menos igual, o que for mais instruído, cujo conhecimento se tenha ampliado pela ciência e que compreendendo melhor o encadeamento dos fatos naturais e sociais, compreenderá com mais facilidade e mais amplamente o caráter do meio em que se encontra, que se sentirá mais livre, que será mais hábil e forte que o outro. Quem souber mais dominará naturalmente a quem menos sabe e não existindo em princípio entre duas classes sociais mais que esta só diferença de instrução e de educação, essa diferença produzirá em pouco tempo todas as demais e o mundo voltará a encontrar-se em sua situação atual, isto é, dividido numa massa de escravos e num pequeno número de dominadores, os primeiros trabalhando, como hoje em dia, para os segundos.
INSTRUIR PARA REVOLTAR – Fernand Pelloutier e a Educação
Gregory Chambat * R$ 26,00 * 112 páginas * Faísca
O livro trata, a partir da perspectiva do sindicalista revolucionário Fernand Pelloutier, de uma crítica à educação inserida dentro do capitalismo, que serve de instrumento para a dominação do Estado e para a criação de um povo subserviente e ignorante. O autor coloca a mudança na educação como fator fundamental para qualquer processo de libertação social, ao caminhar em paralelo com os elementos da ação direta. Sumário: INTRODUÇÃO / PELLOUTIER, UM PENSAMENTO EM HERANÇA / “Instruir para revoltar” / Pelloutier na escola / Pelloutier contra a escola / A escola da Igreja / Escola pública ou escola da burguesia? / As universidades populares, “uma escola do operário”? / Uma educação socialista? / Trabalho de sala de aula / Bolsa e realização real da educação / Uma escola do sindicato / Sindicato e educação / Rumo a uma pedagogia de ação direta / O ensino mútuo na origem de uma pedagogia sindicalista? / Um trabalho de classe na aula ou a colocação em prática de uma pedagogia de ação direta / Na escola das Bolsas / Conclusão: porque Pelloutier hoje? / PELLOUTIER E A EDUCAÇÃO – ANTOLOGIA.
PEDAGOGIA LIBERTÁRIA, A
Edmond-Marc Lipiansky * R$ 20,00 * 96 páginas * Imaginário [2ª edição] (NOVO!)
Até onde alcança o anarquismo e sua proposta de revolução? Mesmo antes de ser teorizado por Proudhon e Bakunin, idéias para a população se libertar das tiranias que lhe são impostas já concluíam que uma nova educação é necessária a uma nova organização social. No caso da nova sociedade ser voltada à liberdade, a educação tem de ser libertária. Edmond-Marc Lipiansky historiciza o advento da Pedagogia Libertária realizando seu paralelo cronológico com movimentos revolucionários a partir do final do século XIX. Analisa os teóricos de maior importância e as principais experiências. Já com maior profundidade, o autor observa as idéias propriamente anarquistas de educação, pautadas, dentre outros conceitos, no conceito de instrução integral e da não necessidade de um mestre ao processo pedagógico. Qualquer questionamento a respeito da prática pedagógica em que a educação parte apenas daquele ensina, deve levar em consideração a obra de Lipiansky.
PEDAGOGIA LIBERTÁRIA – Anarquistas, Anarquismos e Educação
Silvio Gallo * R$ 42,00 * 268 páginas * Imaginário (NOVO!)
Com Gallo, podemos pensar, portanto que, se as propostas educativas hegemônicas instituídas constituem-se em um processo de subjetivação que fornece aos indivíduos um panorama social e os territorializa nesse padrão, fazendo-os aquilo que se espera deles. Sendo um mecanismo de construção heterônoma, a pedagogia libertária se quer como um processo de singularização, na qual o indivíduo constrói-se a si mesmo em diálogo ativo com os outros e com o meio, em um mecanismo autônomo que desterritorializa, na construção de territórios sempre novos.
PEDAGOGIA LIBERTÁRIA NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA
Neiva Beron Kassick e Clovis Nicanor Kassick * R$ 12,00 * 52 páginas * Achiamé
A história oficial da pedagogia se fez omissa em relação à contribuição do Pensamento Pedagógico Libertário. No entanto, apesar das dificuldades enfrentadas, experiências educacionais em bases libertárias se desenvolveram em várias partes do mundo, inclusive no Brasil e elas foram importantes pelo vínculo com o movimento operário e com o seu fortalecimento, principalmente no final do século XIX e início do XX.
SOBRE EDUCAÇÃO, POLÍTICA E SINDICALISMO
Maurício Tragtenberg * R$ 32,00 * 216 páginas * Editora UNESP
Este livro de Maurício Tragtenberg é composto de vários artigos, depoimentos e um debate, realizados em diferentes momentos e situações. Nele são examinados especialmente a consciência social, a escola, o Mobral (Movimento de Alfabetização), as CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), os vestibulares à universidade, a democratização da universidade, a universidade particular, os estudantes, a representação estudantil e a UNE (União Nacional dos Estudantes). Os pontos centrais e perenes do livro localizam-se na retomada, sempre inovadora, em perspectivas diferentes, da relação entre saber e poder, entre escola e burocracia, entre escola e domesticação, e ainda na existência do que denominou de "delinqüência acadêmica". O único debate presente no livro expõe retrato límpido do que significam os vestibulares à universidade: a discriminação social por meio da escolha dos escolhidos; a injustiça organizada; a deseducação dos educadores; a expansão dos cursinhos; concluindo que "é lamentável que loucos dirijam cegos". No entanto, acima de tudo, o livro de Maurício Tragtenberg, Sobre educação, política e sindicalismo, traz a proposta corajosa e viva de que a história construirá a escola popular e de acesso ao povo. Francisco Ferrer, pedagogo mais amplamente exposto no livro, indica condições e características iniciais desta escola. (Evaldo Vieira)
editoras:
http://www.editoraimaginario.com.br/
http://www.alquimidia.org/faisca/index.php?mod=pagina&id=3673
http://achiame.com/portal/?q=node/240
sexta-feira, 14 de maio de 2010
SOS DIREITOS HUMANOS INFORMA E PEDE APOIO
DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ –
UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA
"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão têm direito inalienável à Verdade, Memória, História e Justiça!"
Por Otoniel Ajala Dourado
O MASSACRE DELETADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA.
quinta-feira, 13 de maio de 2010
O ISVA informa: Primeiro Colóquio Território Autônomo
Gostaríamos de convidar todos os cientistas sociais (geógrafos e não geógrafos) interessados em discutir e construir alternativas, tanto teóricas quanto de engajamento, a partir de uma tal perspectiva, para participar do Primeiro Colóquio Território Autônomo − Um olhar libertário sobre práticas espaciais, política, economia e cultura, organizado pelo Núcleo de Pesquisas sobre Desenvolvimento Sócio-Espacial (NuPeD) da UFRJ, que será realizado entre os dias 26 e 27 de outubro de 2010, no Rio de Janeiro.
A estrutura do colóquio abrange uma fala de abertura (Uma Geografia marginal e sua atualidade: A linhagem libertária), dois espaços de debate (1: Matrizes do pensamento libertário na Geografia: Reclus e Kropotkin; 2: Diálogos da Geografia com o pensamento crítico não autoritário: Foucault, Guattari, Castoriadis...), um minicurso (Geografia dos Movimentos Sociais), dois grupos de trabalho (1: Conflitos sociais e espacialidade: Classe, etnicidade, gênero...; 2: Os geógrafos e os movimentos sociais: Como colaborar?) e uma fala de encerramento.
Maiores informações sobre a dinâmica do evento, bem como sobre as normas para a submissão de trabalhos, estarão disponíveis na página do evento (http://territorioautonomo.wordpress.com/).
Contato: Glauco B. Rodrigues (coloquioterritorioautonomo@gmail.com)
ARAGUAYA: CINECLUBE ISVA
É onde também está o Padre Chico (Stephane Brodt), um religioso francês que chegou à região do Araguaia no início dos anos 60.
A profunda identificação entre Padre Chico e os moradores fazem com que ele presencie eventos ligados à formação da Guerrilha do Araguaia.
Araguaya - Conspiração do Silêncio
titulo original: (Araguaya - Conspiração do Silêncio)
lançamento: 2009
direção: Ronaldo Duque
· atores: Norton Nascimento (Osvaldão) Françoise Forton (Dora) Danton Mello (Carlos) Narcisa Leão (Lúcia) Stephane Brodt (Padre Chico) Fernanda Maiorano (Tininha) Rasanne Holland (Alice) Rômulo Augusto (Flávio) William Ferre
duração: 105 min
gênero: Drama
· site oficial:
· http://www.conspiracaodosilencio.com.br/
terça-feira, 4 de maio de 2010
Revista Barbárie: revista de cultura libertária
domingo, 2 de maio de 2010
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Anarquismo e Antropologia
Publicado em espanhol, o livro reúne ensaios de pesquisadores ingleses e espanhóis afinados com a questão libertária. São dez artigos que vão discutir os pontos em comum entre as idéias anarquistas e a antropologia desde a sua formação até a atualidade.
A idéia do livro organizado por Beltran Martinez surgiu do contato com David Graeber e da leitura de seu livro Fragments of an Anarchist Anthropology, e foi através da revista Anarchist Studies dirigida por Sharif Gemie, professor da School of Humanities and Social Sciences da Universidade de Glamorgan (Reino Unido) que ele identificou professores pesquisadores interessados na questão libertária dando início ao projeto desse livro.
O livro está dividido em quatro partes. Na primeira, temos Brian Morris com “Do anarquismo e antropologia: afinidades electivas” e Abel Al Jende Medina em “Possíveis contribuições ao anarquismo a partir de uma prática antropológica não profissional nas redes sociais locais”. Na segunda parte, os dois textos são contribuições para uma análise do poder em que Harold Barclay e Félix Talego Vázquez vão discutir a visão do anarquismo sobre poder, autoridade e dominação. Harold Barclay, ao contrário de Foucault e Weber, ressalta a questão do poder em igualdade ou mutualidade. Apresenta uma abordagem próxima ao que Pierre Clastres constatou sobre o poder disseminado na sociedade e exercido por todos, tomando o exemplo das sociedades tribais em que o papel do chefe é meramente aquele que tem o dom da palavra sem o exercício da dominação coercitiva. Já o artigo de Félix Talego defende a tese de que todos os tipos de autoridade em qualquer relação de dominação são construídos como mediadores, ou seja, todos aqueles que ao exigir obediência, o fazem invocando algum tipo de verdade superior. Sua argumentação é construída a partir de Nietsche, Weber e Bourdieu.
Na terceira parte, temos as “Novas abordagens sobre os movimentos contemporâneos” com David Graeber, Gavin Grindon e Jesus Sepúlveda. Destaco o ensaio critico que me interessou de David Graeber. Este faz uma desconstrução da idéia de choque de civilizações, da noção de civilização ocidental e democracia que não têm qualquer fundamento e revelam uma postura etnocêntrica e preconceituosa em relação às demais civilizações.
Finalmente, a quarta e ultima parte, em “Alternativas para o futuro com base no passado” temos Karen Goaman (o único artigo escrito por uma mulher) e John Zerzan, ambos discutem uma volta ao passado, embora Zerzan vá mais além em sua crítica. Karen Goaman defende o êxodo urbano, o despovoamento das cidades, a volta às culturas de pequeno porte baseadas na terra como meio para permitir aos humanos e a biosfera sanar e restabelecer-se.
Ao contrário de outras filosofias políticas, Beltrán Martínez reconhece que o anarquismo sempre teve um lugar marginal dentro do pensamento acadêmico como também foi muito mal entendido, ignorado e até mesmo, ridicularizado. Com a falência da teoria marxista após a queda do regime soviético tem-se voltado os olhares para a filosofia anarquista. E muito embora o movimento libertário tenha sido uma força predominante na Espanha, e ainda o é, hoje temos uma presença significativa de grupos de estudiosos do anarquismo nas universidades inglesas.
A antropologia ao se defrontar com o estudo das sociedades tribais vai realizar uma verdadeira revolução epistemológica, ao questionar as concepções teóricas dos finais do século XIX sobre a evolução social, raça e cultura, negando o evolucionismo social linear e a hierarquização das culturas humanas em superiores ou inferiores. A antropologia vai relativizar esse conhecimento a partir de seus estudos nas sociedades tribais.
O ensaio do inglês John Zerzan faz uma crítica contundente aos atuais e úteis conceitos de comunidade e tecnologia. Para ele não podemos falar de comunidade se não nos defrontamos cara a cara. Não existe nem comunidade global e nem virtual, mas sim uma forma de vida fria, feia e vazia em que as relações humanas estão cada vez mais tecnologizadas; e o comportamento humano está tornando-se mais estranho, patológico, com homicídios múltiplos, pessoas que não conseguem dormir, ampliando os índices das chamadas “doenças mentais”. Vivemos o mal estar da civilização e não tem nem mesmo psicanálise que dê jeito, ao contrário as “doenças mentais” tem tornado-se comum com um número crescente de medicações. Freud afirmou um século atrás que quanto mais civilização mais neurose.
Zerzan constata que estamos perdendo a luta contra a alienação e a degradação ambiental e precisamos questionar em seu nível mais profundo, essa sociedade de consumo que produz pessoas consumistas e passivas diante da vida moderna. Ele nos leva a refletir sobre a natureza da tecnologia que é a materialização dessa sociedade consumista, capitalista e moderna, fundada na divisão do trabalho e na hierarquia social. Por esta razão a tecnologia não nos liberta do trabalho. Lembra Marshall Sahlins que diz que quanto mais cultura simbólica, mais trabalho temos. Enquanto nós que necessitamos consumir, somos pobres e escravos do trabalho, os povos tribais, selvagens, caçadores e coletores de necessidades “escassas” vivem na opulência e com pouco trabalho. Para o antropólogo Marshall Sahlins, essas foram as primeiras sociedades da abundância e do lazer, no dizer de Pierre Clastres revelam uma sociedade contra o Estado.
Zerzan (p.259) ressalta que a essência do trabalho é expressa nas palavras sábias de Smohalla um nativo americano no século XIX:
Meus jovens não deveriam trabalhar nunca. Aqueles que trabalham nunca sonham. E a sabedoria vem a nós em sonhos. Me pergunta como cultivar a terra. Devo pegar uma faca e cravar no peito de minha mãe? Desse modo quando morra, ela não poderá levar meus restos a descansar. Me pedes que cave sobre uma superfície metálica. Deveria cavar sobre sua pele em busca de ossos?
Zerzan agrega que não é difícil constatarmos que a ação humana converteu-se em algo tão ameaçador para as espécies animais quanto para a nossa. Temos na história da ocupação norte-americana várias denúncias e críticas dos nativos sobre os efeitos nefastos da ocupação dos “brancos” no território americano. O exemplo dos povos tribais, sociedades organizadas em pequena escala, nos mostra que é possível uma outra forma de viver socialmente.
Sem sombra de dúvida, acredito que o livro contribui para repensarmos o debate atual da sociedade do consumo ao da globalização como também para aproximar e reunir aqueles que como diz Beltrán Martinez são apaixonados pela antropologia e pelo anarquismo.
ISVA - uma escola libertária
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Vozes Anarquistas
O autor desse livro é Paul Avrich (1931 - 2006) foi um professor e historiador. Ele ensinou no Queens College, New York, durante quase toda sua vida e foi imprescindível na preservação da história do movimento anarquista na Rússia e nos Estados Unidos. Filho de uma família judia originalmente de Odessa, Avrich viajou para a URSS como um estudante de intercambio em 1961 após a visita de Nikita Khrushchev para os Estados Unidos em 1959. Enquanto trabalhava em sua tese, sobre a Revolução russa e os Comitês de Fábrica, ele pesquisou a rebelião de Kronstadt e o papel dos anarquistas na Revolução Russa. Estas informações lhe permitiram produzir e abrir caminho para trabalhos importantes nestes assuntos.
Ele escreveu extensivamente tópicos relacionados ao anarquismo, inclusive livros sobre Sacco e Vanzetti, Haymarket Riot e a Rebelião de Kronstadt. Outros trabalhos importantes incluem uma biografia de Voltairine Cleyre, O Movimento da Escola Moderna (um estudo inspirado em um programa educacional anarquista), e Retratos Anarquistas. Ele também editou a importante coleção de história oral, Vozes Anarquistas e falou regularmente no Libertarian Book Club em Nova Iorque. Avrich doou sua coleção de quase 20.000 livros entre publicações e manuscritos anarquistas, americanas e européias, para a Biblioteca do Congresso. (Pesquisa sobre Avrich realizada In: http://en.wikipedia.org/wiki/Paul_Avrich)
sábado, 24 de abril de 2010
O Massacre de Haymarket e os Mártires de Chicago
August Spies. Autobiography.
Jorge E. Silva. As Origens Trágicas e Esquecidas do Primeiro de Maio.
L. Gaylord. O Primeiro de Maio.
Lázaro Curvêlo Chaves. Primeiro de Maio - Dia Mundial do Trabalho.
Lilian Caramel. A Origem do Dia do Trabalho.
Michael Thomas. May Day in the USA: A Forgotten History. Oscar Neebe. Autobiography.
Tom Moates. Reclaiming Our History. May Day & the Origins of International Workers Day.
W. T. Whitney, Jr. May Day and the Haymarket Martyrs. Workers Solidarity Movement. The Anarchist Origins of May Day.
Primeiro de Maio
O Primeiro de maio não é um dia de festa.
É um dia de protesto e de luta para a classe trabalhadora.
Sábado
Assista o filme
Eles não usam Black TIE
Local: Estrada da Valéria, 103 – final de Linha do Derba
Sítio de Seu Antonio
Email institutovaleria@ig.com.br
Tel (71)3291-0504
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Primeiro de Maio no ISVA
quinta-feira, 8 de abril de 2010
- The Collector, de Martin Hampton
Documentário, 2003/2006 [27’ Francês, legendado em inglês]
Durante 50 anos, Chirstian coleccionou coisas que outros deitavam fora. O presidente da câmara municipal tentou proibi-lo, mas ele continuou o seu trabalho à noite, para evitar ser visto.
Louco, desesperado pelo desperdício da vida moderna, trabalhou 365 dias por ano para salvar coisas que ainda acreditava serem úteis, guardando-as na sua casa ou em locais que só ele conhecia. A sua enorme colecção de frigoríficos, televisões, brinquedos, sapatos, livros, etc.., que guarda uma história dos hábitos de consumo da sua cidade, é considerada por alguns como um enorme trabalho artistico. - espaço temporário*multicultural*intervencionista*gratuito*sem fronteiras*sem rosto*experimental*revoltado*de cidadania
quarta-feira, 7 de abril de 2010
terça-feira, 6 de abril de 2010
Tempo de plantar e de colher
quinta-feira, 25 de março de 2010
Muito admirável mundo novo
É impressionante o poder da escola, da religião, da mídia, das empresas e do Estado. Um poder de controlar, de mudar opiniões, comportamentos e atitudes. A vida moderna fascina a todos com seus celulares, lap top’s, automóveis e TV’s. Ao lado de tanta tecnologia, a cultura também é transformada, uma tecnocultura – pautada no descartável – aparece e desaparece como nuvens tropicais levadas ao sabor do vento.
Tudo é mensurado, calculado e desperdiçado sem maiores problemas. Bombas são fabricadas de forma cada vez mais eficientes, no sentido dos seus efeitos letais. É preciso utilizá-las, pois, assim como os remédios de laboratórios, têm um prazo de validade, aquelas que não forem utilizadas irão para o lixo. Os Estados e mais precisamente suas forças armadas defendem a necessidade de se armarem cada vez mais, pois no futuro, algum outro país poderá vir a fazer pressão para tomar seus recursos e então urge a necessidade de mais armamentos.
Nesta loucura que se transformou o mundo, ficamos preocupados com os meninos de nossas ruas, os assassinos e os policiais e os ladrões de nossas cidades, os vendedores de tóxicos e entorpecentes (VTE) e assim por diante e, pior, nem sabemos quem são nossos vizinhos e quando sabemos por vezes nos assustamos. Nesta loucura, ficamos pasmados com os discursos de solidariedade, cooperação, paz, liberdade, fraternidade defendidos por todos e negados logo em primeira instância por muitos. Para onde vai tudo isso, todo esse discurso quando se tramam guerras, golpes? Quando se morre tanta gente de fome, ou por falta de cuidados com a saúde ou por falta de condições de habitações. Para onde escoa o discurso dos poderosos, onde estará o vertedouro dessas imundícies e dessas canalhices e como se desfazer de tudo isso?
É tempo de decidir o que queremos. Teremos fôlego para criarmos um mundo novo admirável, vivenciado, verdadeiro? ... Mas, quem quer uma nova utopia, nesse corre-corre, nesse dia-a-dia, do fast food, do ônibus lotado e do trânsito parado? Como parar para desejar algo diferente, se não tem nem tempo para pensar no dia seguinte da vida real, do outro dia logo após outro e mais outro e, logo chega o fim de semana e tem o macarrão, o casamento da sobrinha, o aparelho de TV ligado no melocômicodramático, ou seja, no melancólico final do fim de semana, para aqueles que podem desfrutar dessas 48 horas sem ter que suportar a mediocridade de um emprego que lhe avilta, diminui e estraga toda a sua dose de doçura, amor e esperança em um mundo melhor nas próximas 24 horas.
terça-feira, 23 de março de 2010
O que aprendi hoje no ISVA - Relato de Interação Educativa
Hoje estivemos no ISVA. Ouvimos relatos de Antônio Mendes sobre as broncas que a natureza tem dado em nós seres humanos. Noite passada a chuva castigou o telhado de Seu Antônio e se não houvesse intervenção dele a casa iria cair sobre sua cabeça. Foi o caos...
Além da ameaça no telhado da casa a tempestade que se passou deixou as marcas no terreno. Um abacateiro teve um grande galho tombado depois da tempestade. Os indícios são de que ou o Abacateiro caiu por conta de um raio, ou o temporal com chuva e ventos fortes forçou o galho que, cheio de abacates, não agüentou o peso.
Já comecei exercitando o que havia aprendido em Interação educativa anterior, cujo professor foi um dos meninos freqüentadores do ISVA. Confirmei que estou bem melhor amolador de facão na pedra. Isso foi a preparação para a atividade do dia que foi cortar esse grande galho que estava atravessando um caminho. Era tão grosso que parecia um tronco de árvore.
O aprendizado do dia foi o da Agroecologia. Não era simplesmente cortar o galho desprezando o que havia caído como um simples restolho. O galho estava forçando outras árvores, e teríamos que ter todo o cuidado com a segurança de um cacaueiro que estava quase tombando com seu peso. “Ainda mais que agora vem o período de dar cacau” como disse seu Antônio. Além disso, deixar pedaços inteiros não facilitaria a compostagem natural do solo.
Tivemos que ir estudando aos poucos o que fazer e podando o galho que já era maduro e tinha muitas outras ramificações. Além do mais tinha um cipó de inhame enramando e outros cipós. Tínhamos que ir podando com o cuidado necessário para agredir o mínimo possível as outras plantas. Usamos três facões (eu, Eduardo e Antônio) e revezamos o machado.
O resultado é que tiramos muitos abacates, vários galhos de árvores, alguns pedaços de madeira mais grossos passíveis de serem utilizados para lenha. Além disso saímos com uma aprendizado ecológico fundamental do trato e do cuidado com a natureza, bem diferente de muitos desses discursos que vemos reproduzidos pela eco-burguesia.
Descobrimos também que aquele galho estava oco e cheio de água. correndo por dentro Antonio nos deu a explicação criticando o serviço de parques e jardins da prefeitura que poda árvores de maneira muito errada. “Quando eles podam um galho sem deixar um cotoco deixam um buraco pra água infiltrar. Isso pode derrubar uma árvore”.
Esse foi mais uma dentre as várias interações educativas que acontecem no cotidiano do ISVA. Os aprendizados teóricos surgem simplesmente de nossos questionamentos sobre a atividade prática. Se não surgem são estimulados para que surjam de forma autônoma.
Igor Sant’Anna
Colaborador, Sócio-fundador e Pro-aluno do Instituto Socioambiental de Valéria