segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

História de uma escola libertária: Paideia



Paideia começou a funcionar em janeiro de 1978 em Mérida (Badajoz), Espanha. Suas origens se encontram em Fregenal de la Sierra e em seu desejo da “Escola em Liberdade” abortado pela Administração franquista. Sua iniciativa veio da mão de três profissionais da educação: Concha Castaño Casaseca, Mª Jesús Checa Simó e Josefa Martín Luengo. Desde 1978 até hoje, 30 anos, a Escola Livre mantém a mesma ideologia e as mesmas finalidades.
Na atualidade, se caracteriza por uma volta ao projeto inicial. A autogestão voltará a ser a estrutura fundamental da dinâmica vivencial e educativa da escola. As assembléias são novamente o órgão consultivo e decisório de tudo o que se faz. Os valores da anarquia voltarão a ser a base da educação voltada para a liberdade. Realizam-se novos projetos integrando a eles experiências adquiridas. Ampliam-se as etapas educativas. Em relação aos pequenos, começam a admitir crianças de 18 meses até os 16 anos.
Começam as campanhas auto-geridas para pessoas jovens, para terem experiência de liberdade com os alun@s da escola e crianças de outras comunidades, cujos pais e mães tem ideologia libertária, com a colaboração das Mulheres Livres de Madrid. A cada ano mais pessoas começam a ajudar a realização das práticas da escola. São feitos muitos trabalhos sobre o projeto Paideia. Publicam-se em várias revistas espanholas e estrangeiras a dinâmica de funcionamento e as bases ideológico-pedagógicas. As visitas à escola se ampliam de tal maneira que precisam ser reguladas para que não interfiram na dinâmica normal. As mães e os pais que deixaram suas filhas e filhos na escola colaboram mais do que nunca com o projeto libertário, isso reflete profundamente nas personalidades d@s alun@s, em sua maior conscientização ideológica e social, sua maturidade social e prática dos valores éticos da anarquia. A assembléia recuperou seu caráter consultivo e decisório. A Autogestão acontece com a participação de tod@s que formam o coletivo. O mesmo acontece com o Coletivo Educativo. A cooperativa deixou de ter participação na Escola. O Coletivo é a base ideológica e o órgão decisivo e de discussão. A liberdade não é somente individual, mas também Coletiva. Sai a primeira turma Secundária, que se incorpora ao terceiro ou quarto ano da ESO, nos Institutos. Suas características pessoais indicam claramente que receberam um tipo de educação diferente. Se caracterizam por: Sentimento de responsabilidade, .Defesa da liberdade e da justiça, Tolerância e diálogo, Defesa dos valores da Anarquia, Transmissão da ideologia em seus trabalhos de classe, Crítica social ao sistema de educação tradicional.
Atualmente as pessoas que pertencem ao coletivo são: Josefa, Concha, José Luis, Lali, Olalla, Lidia, Teresa, Fernando, Mabel y Eloy.

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