quarta-feira, 22 de abril de 2009

Crítica ambiental e a propriedade

Não adianta ficar culpando a produção capitalista e esquecer que essa sociedade sobrevive não apenas pelo que produz, mas também pelo que induz, nas cabeças ventosas da população, ao consumo desenfreado, agressivo e contaminado/nante. Uma nova tecno/ideologia precisa ser discutida e posta em prática, vivida, que se diferencie dessa genocida. Assim, não podemos jogar lixo e ajudar a poluir o planeta porque assim o fazem as empresas capitalistas. Não podemos desperdiçar água, porque assim o fazem as empresas. O problema está quando generalizamos a crítica, alguns grupos ambientalistas denunciam e atacam as empresas pelos danos ambientais que provocam, mas é a mídia governamental e a religiosa em geral quem ficam apresentando apenas a suposta responsabilidade individual para a conservação do planeta, pois não podem ou não querem se indispor contra as próprias empresas que têm (Petrobras, por exemplo) ou as que financiam o governo. Por outro lado, a idéia de só se debater e lutar contra a questão ambiental após a derrubada do capitalismo é conversa de stalinista. É preciso saber focar a questão e perceber que a participação das pessoas é fundamental nesse processo, não apenas denunciando as atividades poluidoras das empresas, mas agindo individualmente e localmente plantando árvores, conservando o ambiente e boicotando, lutando e criticando as empresas e o estado. A revolução deve passar também por nossas ações. Claro, não podemos deixar de lado todos os equipamentos produzidos por esse modo de produção, mas princípios ético-ambientais, educação ambiental e ações práticas, isso sim, é possível.
Eduardo Nunes

2 comentários:

Anônimo disse...

Sabemos que as causas de problemas como o aumento da pobreza, da degradação humana e ambiental e da violência é decorrente do modelo de civilização dominante, baseada na superprodução e superconsumo para uns e subconsumo para a grande maioria.A educação ambiental não é neutra, mas ideológica, é um ato politico e como tal de responsabilidade coletiva e individual, façamos então a nossa parte.

Anônimo disse...

Errico Malatesta:

"É preciso lutar pela emancipação total e, esperando e preparando o dia em que ela será possível, é preciso arrancar do governo e dos capitalistas todas as melhorias de ordem política e econômica que podem tornar menos difíceis para nós as condições da luta e aumentar o número daqueles que lutam conscientemente. É preciso, portanto, arrancá-las por meios que não impliquem o reconhecimento da ordem atual e que preparem o caminho ao futuro."